sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Toda regra tem sua exceção!!!

Reportagem indicada pela aluna Elisângela 6º período CCINAT-SBF UNIVASF

IGUAÍ: MULA PARI UMA POTRA

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Em Iguái a fazenda Lajedão, do pecuarista  Manoel Pinto Freitas (Marotinho), se transformou em um ponto turístico da cidade. O motivo foi gerado pelo acontecimento de algo raro.

Na fazenda de Marotinho, que fica localizada na região do Rio Novo, na Zona rural de Iguaí, uma mula pariu uma potra. O pecuarista explicou ao site “Iguaí Mix”, que é a segunda vez que a mula pariu, em 2011 a mula pariu, mas o filhote não sobreviveu, já que a a mula pisou no intestino do filhote.

Isso é considerado raro, já que a mula é considerada um animal infértil, já que é gerado do cruzamento de duas espécies, no caso o cavalo e o jumento.

O jumento não consegue produzir espermatozóides por isso é estéril. A mula também é estéril porque não pode produzir óvulos. Outra explicação é que tanto o macho quanto a fêmea não têm os órgãos genitais bem desenvolvidos, o que dificulta o acasalamento.

Entretanto, nos últimos 200 anos existem por volta de 60 registros de mulas paridas em todo o mundo, sendo que apenas nas ultimas duas décadas houve confirmação pelo exame do cariótipo.

 

Fonte: http://www.politicosdosuldabahia.com.br/v1/2013/01/24/iguai-mula-pare-uma-potra/#more-50246



A ciência acertou na mosca



Minúscula e inofensiva, a drosófila está prestes a completar um século de grandes serviços prestados à pesquisa genética. As homenagens já começaram

Thereza Venturoli
NESTA REPORTAGEM
Quadro: As conquistas da mosquinha-das-frutas
No dia-a-dia, ela não faz mais do que pairar sobre a fruteira da cozinha. Nem perigo oferece: ela não devora as lavouras com a voracidade dos gafanhotos, não ataca em enxames com a ferocidade das abelhas e não propaga epidemias com a promiscuidade dos mosquitos. Mas essa insignificante existência de inseto transforma-se em saga quando a mosquinha-das-frutas é fechada em vidros de cultura nos laboratórios de biologia e assume sua identidade científica: Drosophila melanogaster. A partir de então, ela passa a ser uma poderosa aliada da comunidade científica nas pesquisas sobre como os genes são transmitidos de uma geração a outra. Elas ajudam assim a entender a formação, o desenvolvimento e a evolução dos seres vivos. Como uma única célula se desdobra em bilhões de outras? Como o organismo já nasce propenso a determinadas doenças e como evitar o aparecimento delas? Há quase um século, a drosófila ajuda os cientistas a obter respostas a essas perguntas. "A biologia baseada na drosófila continuará ainda por muitos anos a ter impacto direto em nosso entendimento da saúde humana", escreveu Kathleen Matthews, pesquisadora da Universidade de Indiana, em artigo de capa da semana passada da revista Nature Reviews. O artigo abriu a temporada de homenagens ao centenário da entrada em ação nos laboratórios da minúscula heroína da ciência.
A drosófila é a sucessora direta das decantadas ervilhas que Gregor Mendel estudou na segunda metade do século XIX para estabelecer a idéia básica da genética moderna: a de que as características de cada indivíduo são transmitidas de pais para filhos por "fatores", como os batizou – os atuais genes. Mas o monge austríaco morreu, em 1884, convencido de que suas leis de hereditariedade serviam apenas para a plantação no fundo do quintal. Foi graças ao estudo das drosófilas que, em 1910, o embriologista americano Thomas Morgan, da Universidade Colúmbia, percebeu que o surgimento de mutantes ao longo dos cruzamentos obedecia aos cálculos estatísticos de Mendel. Morgan descobriu, assim, que as conclusões originais do pai da genética obtidas com ervilhas valiam para todos os seres vivos. Mais tarde, ainda trabalhando com drosófilas, Morgan confirmou a suspeita de que os genes se localizam em cromossomos, em uma pesquisa que lhe rendeu o Prêmio Nobel. A partir desses trabalhos pioneiros, a fama das conquistas da mosca entre os cientistas cresceu (veja quadro). Calcula-se que, em um século de dinastia, as drosófilas tenham dado motivos – e bons motivos – para que se escrevessem mais de 100.000 artigos científicos.
Ao lado dos macacos rhesus e dos camundongos, as mosquinhas-das-frutas fazem parte de uma galeria de animais benfeitores das ciências biológicas. Roedores e primatas estão muito mais próximos do homem na escala zoológica, mas a mosquinha contabiliza inúmeras vantagens como organismo-modelo em experimentos genéticos. É bem mais fácil conservar 3 000 drosófilas de 3 milímetros de comprimento num frasco do que manter numa jaula um único macaco de mais de meio metro. E é infinitamente mais barato alimentar uma colônia de drosófilas com as leveduras que surgem sobre um naco de banana madura do que manter a boa nutrição de um primata de 8 ou 10 quilos.
Do ponto de vista da pesquisa genética, as drosófilas também rendem mais. Elas são tão férteis, e sua gestação é tão curta, que os cientistas podem acompanhar a evolução da vida como que num filme em ritmo acelerado. Numa temperatura amena, entre 22 e 25 graus, as moscas se reproduzem em apenas duas semanas. No fim da vida, uma fêmea de drosófila terá gerado uma prole com algo em torno de 1.000 pequenos insetos. Isso significa que, num único ano, os biólogos podem analisar 25 gerações. Mesmo entre os prolíferos camundongos, a fêmea pode levar cerca de um mês para dar à luz uma ninhada de dez a quinze filhotes. Com os macacos, a comparação é mais distante ainda: nasce apenas um bebê após uma gestação que pode chegar aos seis meses.
Hoje, sabe-se que mais de 70% dos grupos de genes que podem desencadear distúrbios no homem têm equivalentes no código genético do mosquito – o que faz com que biólogos e farmacêuticos venham recrutando as mosquinhas para a pesquisa de males como o de Parkinson e o de Alzheimer. Por isso já há cientistas que se apresentam como drosofilistas, e por isso também existem "fazendas" dedicadas a abastecer os laboratórios com linhagens especiais – por exemplo, de mutantes – dessas minúsculas cobaias.


 
 Fonte: Veja, Edição 1895 . 9 de março de 2005

Grupo acha ancestral terrestre de baleias

Evolução teria levado pequeno mamífero herbívoro a fugir de predadores terrestres e procurar alimentos na água

Descoberta foi feita após cientista quebrar fóssil em acidente: fratura revelou semelhança de ouvido do animal com o de cetáceos

Neoucom/Divulgação
Ilustração criada com base nos restos do animal mostra como ele se movia embaixo d'água


RICARDO BONALUME NETO
DA REPORTAGEM LOCAL

Poderia um bicho do tamanho de uma raposa e parecido com um veadinho ser um parente próximo das baleias e golfinhos? Não só pode, como é a melhor hipótese até agora para explicar a evolução dos mamíferos marinhos, segundo um estudo de cientistas dos EUA e da Índia publicado hoje na revista científica "Nature".
Para o pesquisador Hans Thewissen, das Universidades do Nordeste de Ohio, EUA, o mamífero extinto que viveu há 50 milhões de anos, conhecido pelo nome científico Indohyus, seria uma espécie de "elo perdido" na evolução dos cetáceos, mamíferos marinhos como a baleia ou o golfinho.
Apesar de esses fósseis serem conhecidos há vários anos, a nova hipótese surgiu graças a um acidente: um técnico de laboratório quebrou o crânio de um Indohyus, na altura do ouvido. Ele mostrou o dano a Thewissen, que ficou intrigado com a espessura do osso, que lembrava o das baleias. Ao reestudar o fóssil, descobriu que, além da estrutura do crânio, duas outras evidências indicavam que o animal passava boa parte do tempo na água -a espessura dos ossos das patas e sua composição físico-química.
"Os ossos são como os de animais terrestres, mas sua espessura é como a dos ossos de hipopótamos, que os ajudam a andar no fundo do rio", declarou Lisa Noelle Cooper, uma das autoras do estudo.

Água à vista
A vida no planeta surgiu no mar e depois passou à terra firme. Os mamíferos aquáticos fizeram o caminho de volta, mas o registro fóssil dessa fase de transição ainda tem falhas.
Thewissen e seus colegas descobriram várias espécies de baleias primitivas na década de 1990 e vêm estudando-as desde então. "Há 40 milhões de anos, as baleias eram semelhantes às de hoje", declarou ele em entrevista gravada e distribuída pela "Nature"; mas basta voltar outros cinco milhões de anos e os ancestrais das baleias passam a ser bem diferentes. Um capítulo antes na história da evolução, esses animais eram semelhantes a crocodilos -tinham patas e viviam em mar raso. Thewissen descobrira o fóssil de uma dessas espécies, a Ambulocetus natans, e anunciado seu achado em 1994.
Outra descoberta da equipe também não lembra nem de longe uma baleia. O Pakicetus attacki, descrito em 2001, lembra uma mistura de porco com cachorro, mas os ossos indicam o parentesco com cetáceos. O fato de ele ser semelhante a um crocodilo e se alimentar de presas capturadas em água rasa aparentemente dava apoio à teoria mais comum sobre a transição da terra para a água. Achava-se que ancestrais das baleias seriam ungulados, animais com casco nas patas.
Estudos com DNA mostraram que, dos animais vivos, os mais próximos das baleias são os hipopótamos -que infelizmente são bem mais recentes na evolução e não revelam muito sobre a transição dos cetáceos para a água.
Os fósseis do Indohyus foram achados na Caxemira, região dividida entre Índia e Paquistão. Esses animais não eram bons nadadores, e seus dentes indicam que eles passavam bom tempo na água -uma hipótese é que, apesar de herbívoros, eles nadavam para escapar de predadores. Passando tanto tempo na água começaram a se alimentar ali também.

Mudança de dieta
"Nós propomos que a mudança de dieta foi o evento que definiu a origem dos cetáceos", escreveram os autores. "Os cetáceos se originaram de um ancestral como o Indohyus e mudaram sua dieta para uma de presas aquáticas", afirmaram.
A hipótese de que o Indohyus seja o "elo perdido" na evolução de baleias e golfinhos promete gerar polêmica -algo muito comum na paleontologia, área de pesquisa em que muitos trabalhos têm de ser baseados em pouca evidências. Por exemplo, Kenneth Rose, pesquisador da Universidade Johns Hopkins, afirma que as evidências de Thewissen e colegas ainda não são conclusivas. Ele comentou também que um dos traços essenciais usados no estudo, a estrutura do osso do ouvido, é difícil de analisar e parece ser baseado em apenas um espécime.

Fonte: Folha de São Paulo, 20 de dezembro de 2007

Fósseis de 480 mi de anos explicam melhor a "explosão da vida"


Pesquisa indica que animais, como o artrópode da imagem, viveram por muito mais tempo do que se imaginava Foto: Universidade de Yale / Divulgação Pesquisa indica que animais, como o artrópode da imagem, viveram por muito mais tempo do que se imaginava
Foto: Universidade de Yale / Divulgação

Uma pesquisa da universidade americana Yale no Marrocos descobriu que alguns dos mais estranhos animais já descobertos no planeta viveram muito mais do que se imaginava, pelo menos 10 milhões de anos. As espécies em questão eram do período Cambriano (de 542 milhões a 488 milhões de anos atrás), mas chegaram a viver no início do Ordoviciano (de 488 a 471 milhões de anos atrás). Essas descobertas podem mudar algumas crenças científicas, como, por exemplo, a de que esses seres "esquisitos" viveram por pouco tempo. As informações são da Nature.
Segundo a própria universidade explica, o Cambriano - uma época em que a vida era essencialmente marinha - é conhecido também como "explosão cambriana", devido ao súbito aparecimento da maioria dos grandes grupos animais e o estabelecimento de um complexo ecossistema. Esse período foi seguido pelo "evento da grande biodiversificação ordoviciana", quando o gênero de animais marinhos cresceu exponencialmente.
Os pesquisadores analisaram mais de 1,5 mil espécimes encontradas em um deserto no Marrocos. Segundo Derek Briggs, um dos autores do estudo, a maioria dos fósseis do Ordoviciano mostram a parte mais duras dos animais, como conchas, mas os descobertos no Marrocos preenchem parte dessa lacuna.
A equipe catalogou pelo menos 50 tipos de animais de corpo macio, inclusive alguns que se sabia apenas que viveram em períodos anteriores ou até posteriores. Segundo Peter Van Roy, também autor da pesquisa, disse à reportagem que, se falarmos de espécie, são todas novas, mas em se o assunto for família, cerca de dois terços delas são do mesmo tipo encontrado no fim do Cambriano.
Seres bizarros
O Cambriano nos deixou como marca diversos seres completamente estranhos, como o halkieria - uma espécie de lesma "encouraçada" -, ou a hallucigenia - parecida com uma centopeia, mas com diversos espinhos pelo corpo - e ainda a opabina, que tinha cinco olhos e um longo nariz com uma ponta chamativa.
Fósseis que revelam a parte macia do corpo desses animais são mais difíceis de serem encontrados, principalmente pelo fato de a fossilização requerer condições raramente atendidas como, por exemplo, um deslizamento que deixe longe do corpo do animal seres que se alimentarão da carcaça, além de bactérias que precisam de oxigênio.
Como são raros os fósseis de animais de corpo mole do Cambriano, os cientistas têm dificuldade em entender por quanto tempo viveram essas espécies. A pesquisa de Yale mostrou como alguns desses seres, como o halkieria, viveram no oceano aberto do período Ordoviciano. Segundo Young, as descobertas põem um fim à ideia de que esses seres bizarros eram apenas uma "grande experiência" que não durou muito tempo.
Fonte: Redação Terra

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Caso de menina que não envelhece desafia médicos há anos




O caso de uma jovem de 20 anos que não envelhece tem desafiado, há anos, os médicos nos Estados Unidos. Apesar da idade, Brooke Greenberg mantém a aparência física e a cognição de uma criança, com idade mental de nove meses.
Segundo informações do Daily Mail, Brooke não consegue falar, tem dentes de um bebê, mas os médicos nunca conseguiram explicar os motivos disso. Ela já foi examinada por algumas das mais prestigiadas instituições de pesquisa dos Estados Unidos, porém ainda não recebeu um diagnóstico final.
Eric Schadt, diretor do Instituto de Biologia Genômica do Mount Sinai Medical Center, em Nova York, afirmou que a menina "não tem nenhuma anormalidade aparente em seu sistema endócrino, ou qualquer outra anomalia conhecida que possa causar problemas de desenvolvimento".

Apesar da idade, Brooke Greenberg mantém a aparência física e a cognição de uma criança
Apesar da idade, Brooke Greenberg mantém a aparência física e a cognição de uma criança

Testes apontam que a jovem pode sofrer de uma mutação genética que "desliga" sua capacidade de envelhecer. A equipe de Schadt trabalha no sequenciamento genético de Brooke e espera identificar um gene mutante responsável pela anomalia.
Os cientistas acreditam que seu código genético único poderia proporcionar uma nova visão sobre o processo de envelhecimento, levando ao desenvolvimento de novos tratamentos para doenças relacionadas à velhice, como Parkinson e Alzheimer.
Enquanto o diagnóstico não chega, a família de Brooke se reveza 24 horas por dia para garantir os cuidados à menina, que é alimentada por meio de uma sonda inserida no estômago. Ela, também sofre uma sucessão de problemas de saúde com risco de morte, incluindo acidentes vasculares cerebrais, convulsões, úlceras e problemas respiratórios.

Fonte: Jornal do Brasil, 11 de janeiro de 2013.